Disciplina no Estudo

Muitos concurseiros tentam estudar todo o conteúdo da prova após o lançamento do edital. Essa estratégia está fadada ao fracasso devido a escassez de tempo. Para que se consiga cobrir todo o Edital é fundamental que os estudos sejam iniciados antes do edital. Esta afirmação pode parecer ilógica, pois podemos acabar estudando muitos anos até a abertura do concurso, ou pior, o edital pode ser lançado com disciplinas diferentes do que estamos estudando. Esse é o preço a pagar.

A principal qualidade do concurseiro é a disciplina de estar sempre estudando. Esta regularidade é que cria os aprovados e não métodos mirabolantes que “desvendam o segredo dos concursos”. Não há segredo e nem caminhos fáceis. A melhor analogia que já vi para isto foi feita pelo Professor Granjeiro comparando estudar concursos com uma maratona. Só consegue correr uma maratona quem está em constante treinamento, mesmo os atletas de elite se ficarem sem treinar não conseguem recuperar a forma em um curto espaço de tempo.

Para os que procuram fórmulas mágicas informo que o processo é simples: separar o material, estudar todos os dias, manter o foco, fazer provas de concursos. Seguindo estes passos a aprovação é garantida. Então porque muitos desistem? A questão é que nunca sabemos quanto tempo vai levar até a aprovação. E aí, está disposto a pagar o preço?

Como Estudar Para Concursos Públicos

Imagem de Free-Photos por Pixabay

O jeito que cada um estuda é peculiar e inerente a cada pessoa, sendo personalíssimo, assim não existe um método perfeito de estudo. Mesmo que você repita os métodos de um concurseiro que conseguiu a primeira colocação em todos os concursos que participou, não há garantias de sucesso.

No início é interessante você pesquisar  métodos diferentes, abrangendo  várias pessoas e escolher aquele que melhor se adapta a você. Com certeza nessa fase da vida, você já deve ter vários métodos de estudo e precisa saber porquê estudar para concurso público é diferente de estudar para uma prova de faculdade, por exemplo. Aqui uso as palavras de Alexandre Meirelles : “Você precisa reter o conhecimento durante um longo período de tempo, por isso, você tem que interagir com o material de estudo.” 

Dessa forma eu vou dar algumas dicas e relatar a forma como eu estudo.

DICAS: 

  1. Não tentar decorar tudo
    • É humanamente impossível decorar todas as informações que você precisará ler, selecione com cuidado o estritamente necessário para decorar.
  2. Procurar ter um entendimento geral da disciplina
    • Como não é possível decorar tudo, você tem que ter uma idéia de como a disciplina funciona para, em muitos casos, responder as questões baseado em um raciocinio analítico. Então, mesmo que você não saiba a resposta exata, conseguirá descobrir a resposta mais provável e com o tempo isso fará uma enorme diferença.
  3. Estudar através das perguntas: 
    • O quê é isso?
    • Para que serve?
    • Quem usa? 
    • Como se usa?
    • Observações Interessantes.
    • Exceções.
    • Essa é a base para a construção de qualquer conhecimento. Tendo essa estrutura como base a assimilação e o entendimento de qualquer assunto ficará mais fácil. Preste muita atenção nas exceções, pois é o que cai com mais frequência em provas.
  4. Manter o estudo constante e realizar provas sempre como “teste”
    • O que funciona aqui é a filosofia do “Treine duro, jogue fácil!”. Você deve fazer simulados da vida real, ou seja, provas de concursos que você não deseja assumir, mas que tenham disciplinas e conteúdos relacionados com o que você estuda.
    • Como você não está preocupado com a aprovação, não precisará ficar nervoso e nem preocupado se estudou tudo ou não. Apenas vá lá e faça o melhor.
    • Isso vai ajudar a você manter a tranquilidade nos dias de prova, resolvendo o maior número de questões corretamente. Não ficar ansioso para fazer uma prova é talvez o bem mais valioso de um concurseiro!
    • Avalie o que você fez de errado e o que fez certo, sempre procurando melhorar para a próxima. Dessa maneira você não fica frustrado com as reprovações e continua sempre estudando até chegar o dia da sua aprovação!
  5. Resolva questões de prova desde o início
    • Não espere terminar toda a matéria para resolver questões, pois você pode estar perdendo um tempo precioso. As questões auxiliam a determinar o rumo do estudo, aprofundar mais determinado assunto ou a procurar novas fontes de informações.

Essa é a minha forma de estudar, espero ser útil para vocês.
Boa Sorte nas provas!

ITIL 4

ITIL (Information Technology Infrastructure Library) é o framework para gerenciamento de serviços de TI (ITSM) mais adotado mundialmente. Define uma abordagem holística ao gerenciamento de serviços, focando no gerenciamento de serviços de ponta a ponta, da demanda ao valor. Fornece orientação para o fornecimento de serviços de TI de qualidade, fazendo uso de práticas (processos, funções e outras habilidades requeridas). 
ITIL 4 fornece às organizações a orientação necessária para enfrentar os novos desafios da gerência de serviço e de utilizar o potencial da tecnologia moderna. Ele é projetado para garantir um sistema flexível, coordenado e integrado para a governança efetiva e gestão de serviços habilitados para TI. Os benefícios a serem alcançados são:

  • Melhoria dos serviços em TI
  • Custos Reduzidos
  • Maior Satisfação do Cliente
  • Melhoria da Produtividade
  • Melhor Utilização dos conhecimentos e experiência
  • Melhor Prestação de serviços de terceiros
  • Alinhamento com as necessidades do negócio

ITIL 4 fornece o guia para tratar os novos desafios através de uma estrutura flexível, coordenada e integrada para governança e gerenciamento efetivo de serviços baseados em TI. “Na ITIL tudo pode, nada deve.” A ITIL adota as melhores práticas que são flexíveis a ponto de você adotar e adaptar aos seus processos.

Gerenciamento de Serviço de TI (ITSM)

É um conjunto de capacidades organizacionais especializadas que permitem entregar valor aos clientes na forma de serviço. O desenvolvimento dessas capacidades organizacionais exige o conhecimento e compreensão de :

  • Natureza do Valor
  • Natureza e escopo das partes interessadas(stakeholders)
  • Como a criação de valor pode acontecer por meio dos serviços

Valor e Criação em Conjunto

Valor (value) pode ser definido como os benefícios, a utilidade e a importância percebidos de algo que é produzido ou fornecido.

O valor deve ser uma criação conjunta (co-creation), fruto da colaboração entre provedores, consumidores, e outras organizações relevantes nas relações de serviço.

Produtos e Serviços

  • Produto: Uma configuração dos recursos de uma organização projetados para oferecer valor para um consumidor.
  • Serviço: Um meio de permitir a criação conjunta de valor (co-creation), facilitando os resultados que os clientes desejam alcançar, sem que o cliente tenha que gerenciar custos e riscos específicos.
  • Recursos: pessoas, informações, tecnologia, processos, parceiros, fornecedores.
  • Cada produto tem valor para os consumidores e podem ser adaptados para atender às necessidades de cada grupo de cliente em particular.
  • Produtos podem ser complexos, e nem sempre deixam visíveis todos os seus componentes e suporte para sua entrega, de forma completa.
  • Os serviços estão baseados em um ou mais produtos.

Tipos de Serviço

  • Principal: Atendem as necessidades principais dos clientes e representam algum valor. Preparam a base para geração de satisfação e utilização continua.
  • Apoio: Serviços Necessários para suportar a entrega do serviço principal.
  • Itensificador:Sviços adicionais que estimulam os clientes verificarem o valor que a TI está entregando à organização.

Referências:

     [1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Information_Technology_Infrastructure_Library

Análise de Requisitos

Pressman [1] nos informa que o processo de engenharia de requisitos é realizado por meio da execução de sete funções distintas: concepção, levantamento, elaboração, negociação, especificação, validação e gestão. A ação da modelagem de requisitos resulta em um ou mais dos seguintes tipos de modelos: 

  • Modelos baseados em cenários de requisitos do ponto de vista de vários “atores” do sistema.
  • Modelos de dados que representam o domínio de informações para o problema.
  • Modelos orientados a classes: que representam classes orientadas a objetos (atributos e operações) e a maneira por meio da qual as classes colaboram para atender aos requisitos do sistema.
  • Modelos orientados a fluxos que representam os elementos funcionais do sistema e como eles transformam os dados à medida que percorrem o sistema.
  • Modelos comportamentais que representam como o software se comporta em consequência de “eventos” externos.

Os requisitos de software podem ser classificados da seguinte forma [2]:

  • Requisitos Funcionais: são declarações de serviços que o sistema deve fornecer, de como o sistema deve reagir a entradas específicas e de como o sistema deve se comportar em determinadas situações. Em alguns casos, os requisitos funcionais também podem explicitar o que o sistema não deve fazer.
  • Requisitos Não Funcionais: são restrições aos serviços ou funções oferecidas pelo sistema. Incluem restrições de timing, restrições no processo de desenvolvimento e restrições impostas pelas normas. Ao contrário das características individuais ou serviços do sistema, os requisitos não funcionais, muitas vezes, aplicam-se ao sistema como um todo.

Os requisitos não funcionais podem ser provenientes das características requeridas para o software (requisitos de produto), da organização que desenvolve o software (requisitos organizacionais) ou de fontes externas [2].

QFD (Quality function Deployment) é uma técnica de gestão da qualidade que traduz as necessidades do cliente para requisitos técnicos do software. O QFD “concentra-se em maximizar a satisfação do cliente por meio da processo de engenharia de software” [1]. O QFD identifica três tipos de requisitos: Requisitos Normais, Requisitos Esperados, Requisitos Fascinantes.

Referências:

[1] Pressman, Roger. Engenharia de Software 6ª edição (2006).
[2] Sommerville, Ian. Engenharia de Software 9ª edição (2012).